sábado, 28 de maio de 2011

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Psicopatia não tem cura; é um modo de ser, diz Psicanalista!!!

Eles são sedutores, envolventes e simpáticos, até conseguirem a confiança e aquilo que desejam. Mas, na verdade, por trás da máscara de boa pessoa, escondem alguém frio e calculista, mentiroso contumaz, egocêntrico, megalômano, parasita, manipulador, impulsivo, inescrupuloso, irresponsável, transgressor de regras sociais. Essa descrição se encaixa em 4% da população que sofre de Transtorno de Personalidade Anti-social, os chamados "psicopatas".


Segundo a psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, o transtorno é diagnosticado mais em homens — 3%, enquanto que 1% está com as mulheres. Do total da população carcerária, aproximadamente 20% sofrem desse mal. Entre os psicopatas que ganharam destaque na mídia e indignaram os brasileiros, estão Suzane Von Richthofen; Francisco de Assis Pereira, “o Maníaco do Parque”, e o Marcelo Costa de Andrade, “o Vampiro de Niterói”.

— Esses indivíduos fingem e mentem muito bem, e forjam o afeto. É preciso ressaltar que o psicopata sente prazer em cometer o mal, em conseguir concretizar o que ele deseja. Quando o mal já está feito ele não apresenta nenhum sentimento de culpa, arrependimento ou remorso pelo que faz de errado — explica a médica.

Sem afeto, o psicopata não possui nenhum problema cognitivo, a razão funciona bem e ele tem a capacidade plena de distinguir o que é certo e o que é errado. Segundo a psicanalista, ele tem certeza que está infringindo a lei, mas não se importa com isso e até calcula os danos para saber o custo-benefício da ação.

Para muitos especialistas, os psicopatas nascem com o transtorno e em algum momento da vida a doença pode ser deflagrada, em maior ou menor grau.

— Sabemos que todo transtorno mental tem causas biológicas, psíquicas e sociais. Um jovem pode desde cedo começar a demonstrar os primeiros sinais de que há algo errado. Na adolescência, pode apresentar os primeiros sinais de transtorno de conduta e se não for tratado, pode evoluir para a psicopatia — reforça Soraya.
Apesar de muitas pessoas imaginarem que quem sofre desse transtorno são pessoas violentas e assassinas, a médica afirma que esse tipo de psicopata é o mais raro. De acordo com ela, há três níveis de psicopatia, que são: a leve, que aplica os famosos golpes 171 (estelionato ou fraude) e atinge uma pessoa; o moderado, que aplica o mesmo golpe, porém em uma esfera social mais ampla e acaba lesando milhares de pessoas; e o grave, que seria o serial killer, o assassino para quem não basta matar, é preciso haver requinte de crueldade.

Esse tipo de transtorno não tem cura, uma vez que os psicopatas não se arrependem ou sofrem com as conseqüências de seus atos.

Segundo médica, tratar de um psicopata é uma luta inglória, pois não há como mudar sua maneira de ver e sentir o mundo.